domingo, janeiro 07, 2007

026 - 07/01/2006 - Ano Novo

Está decidido. O blog será da viagem. Nem meu nem da Polônia. Assim posso continuar com ele quando for para a Hungria. E também posso abandoná-lo quando cansar da vida cigana.
Uma vez que o blog agora é do viajante, posso contar o fato acontecido no reveillon, na casa do meu pai, em Lagoa Santa, ao norte de Copacabana. Sim, porque aqui a referência é Copacabana. Quando a gente diz que é brasileiro os polacos dizem coisas desconexas e sem sentido como "Brasil, yes, copacabana!" ou "Brasil, Ronaldinho!". E dá vontade de dizer "Isso, isso, lá só tem o Ronaldinho de importante. Ele mora em Copacabana, no meio da floresta Amazônica, junto com os índios. E quando não está jogando está pulando carnaval com seu harém de mulatas". Ai ai...
Mas voltando ao Brasil, na casa do meu pai, estávamos todos reunidos para esperar a chegada do ano novo. Chuva e sol alternando, a ceia pronta na cozinha, churrasquinho básico na varanda, crianças na piscina, cachorros correndo, música boa e muita alegria. Então eis que subitamente (essa palavra é muito legal) acaba a luz. Do quarteirão inteiro. Esperamos um pouco e nada. Ligamos para a central e estavam sem previsão. Velas foram espalhadas pela casa e a festa continuou. Sem som, a conversa se intensificou, meio que compensando a falta da música.
Passamos a meia-noite no escuro. E foi muito bom. Aquele clima-romântico-tipo-cavaleiros-medievais-na-taberna fez toda a diferença. Muitos abraços e beijos, alguns dormindo na cadeira, crianças brincando em uma mesa, adultos falando abobrinhas na outra, uns dormindo no colchão inflável no meio da varanda, cachorros sempre correndo, gargalhadas intermináveis, enfim, total descontração.
A luz voltou depois das 3 da manhã, o grupo já estava menor mas não menos animado. Por volta de 4 horas fui dormir.
Estava bem comemorada a entrada do ano novo.
Sem dúvida alguma, este foi o melhor reveillon que já tive. Muito obrigado a todos que estiveram lá, por não me deixarem esquecer que, na vida, isso é o que realmente importa.

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