domingo, janeiro 28, 2007

031 - 28/01/2007 - Mini passeio

Saí para dar uma volta à pé. Muito frio, muito vento mas nada terrível. Estou a uma quadra da ponte que liga Peste, onde estou, a Buda, do outro lado.
A cidade é muito bonita e tem um jeito assim meio romântico. Muitos bares e cafés. Em toda esquina tem um. Muitas coisas aqui me lembram o Brasil. Não consegui defirnir o que é mas olhando para as ruas e avenidas, as pessoas, os carros, lojas e tudo mais, alguma coisa tem que deixa a cidade com traços mais reconhecíveis. Mesmo com os prédios tão diferentes.
Fui comer no Burger King. Diante de palavras como "böngészőt érintő sebezhetőséget" o melhor a fazer é apontar e rezar. Mas no final dá sempre certo. Ou quase. Pedi um milk-shake de chocolate e me deram um copo de meio litro de café gelado com chocolate e creme. Estava bom. Gostei.













030 - 28/01/2007 - Primeiro dia

O café do hotel foi delicioso, Ao contrário de Varsóvia, eles não acham que tudo deve levar cebola. Muito bom. Conheci a academia de ginástica, que também é boa, e agora vou sair para tirar as primeiras fotos do Danúbio.

Começou a nevar. Bem fraquinho. Nada parecido com a visão do oposto do inferno que tive dois dias atrás na Polônia.

Estas fotos tirei na janela do meu quarto. Não é uma vista maravilhosa mas está bem assim.


029 - 28/01/2007 - HUNGRIA

Cheguei na Hungria!
Na verdade cheguei ontem mas já era tarde. Entrei no hotel e fui dormir.
A primeira impressão que tive da cidade é que é muito linda.

A cidade traduz-se por um contraste único e rico de arquitetura, com edifícios em estilo românico, gótico, barroco, neoclássico e Art Nouveau húngaro. Não é por acaso que Budapeste é conhecida por "Paris do Leste Europeu", dotada de uma certa luz de "fin-de-siècle" imperial. Deu pra perceber que eu roubei isso de um site?

Ainda não sei se estou em Buda ou em Peste. No aeroporto, peguei um táxi e dei o nome do hotel. Cheguei e deitei. Tenho que ver de que lado do Danúbio eu estou.
Esta foto eu tirei ontem só pra poder falar que tirei uma foto no dia em que cheguei.


Fotos da nova "casa".





























sábado, janeiro 27, 2007

028 - 27/01/2007 - Bye Polônia



Último dia em Varsóvia. Ontem.

Trabalhar, passar frio, comer cebola, pagar micos, rir, sentir saudade, conhecer a neve e ficar igual criança, comprar camisas pra economizar, comer pierogis, procurar imagens, enfim, estar na Polônia foi uma excelente experiência.

Este foi o inverno mais quente dos último 250 anos. No entanto, na hora de ir embora, ele "o inverno", resolveu me dar uma amostra da sua força. E baixou a temperatura para -15 graus. Eu, de posse da minha super jaqueta de penas de ganso, tentei fazer um vídeo à noite, mas ficou muito escuro. E horrível. Se alguém quiser ver, dá pra ter uma idéia. O endereço é http://www.youtube.com/watch?v=pQG4ayFoNZY

Para tentar melhorar minha imagem de cinegrafista, eu fiz esse outro vídeo, no dia seguinte, depois da tempestade de neve que caiu. Aí sim o dia estava bonito e eu estava indo de táxi para o aeroporto. Dá pra ver um pouco da cidade.

domingo, janeiro 07, 2007

027 - 07/01/2006 - London, London

Quando vim pra cá, depois do Reveillon, fiz um itinerário diferente. Em vez de passar em Paris como da primeira vez, desci em Madrid, depois fui para Londres, e então Varsóvia.
Londres me chamou a atenção pela beleza. Mesmo não tendo saído para passear, os poucos lugares que vi eram muito bonitos. Por associação de idéias, do tipo "uma coisa leva a outra" acabei lembrando-me da música do Caetano Veloso, que, na verdade, só conheci quando o Paulo Ricardo gravou: London, London.
Ontem entrei na internet e achei a cifra da música. Liguei o teclado e fui treinar as notas. São poucas, quatro só. Concluído o treinamento parti para a execução. Mas não estava bom, faltava um ritmo melhorzinho para acompanhar. Então digitei um número qualquer, que por acaso foi o 79 -> Latin -Lambada. Mandei iniciar e coloquei as notas em cima. Ficou engraçado, London, London em ritmo de lambada.
Tentei cantar junto, mas não deu, sou aprendiz de iniciante no quesito teclado. Ou eu toco ou eu canto.

026 - 07/01/2006 - Ano Novo

Está decidido. O blog será da viagem. Nem meu nem da Polônia. Assim posso continuar com ele quando for para a Hungria. E também posso abandoná-lo quando cansar da vida cigana.
Uma vez que o blog agora é do viajante, posso contar o fato acontecido no reveillon, na casa do meu pai, em Lagoa Santa, ao norte de Copacabana. Sim, porque aqui a referência é Copacabana. Quando a gente diz que é brasileiro os polacos dizem coisas desconexas e sem sentido como "Brasil, yes, copacabana!" ou "Brasil, Ronaldinho!". E dá vontade de dizer "Isso, isso, lá só tem o Ronaldinho de importante. Ele mora em Copacabana, no meio da floresta Amazônica, junto com os índios. E quando não está jogando está pulando carnaval com seu harém de mulatas". Ai ai...
Mas voltando ao Brasil, na casa do meu pai, estávamos todos reunidos para esperar a chegada do ano novo. Chuva e sol alternando, a ceia pronta na cozinha, churrasquinho básico na varanda, crianças na piscina, cachorros correndo, música boa e muita alegria. Então eis que subitamente (essa palavra é muito legal) acaba a luz. Do quarteirão inteiro. Esperamos um pouco e nada. Ligamos para a central e estavam sem previsão. Velas foram espalhadas pela casa e a festa continuou. Sem som, a conversa se intensificou, meio que compensando a falta da música.
Passamos a meia-noite no escuro. E foi muito bom. Aquele clima-romântico-tipo-cavaleiros-medievais-na-taberna fez toda a diferença. Muitos abraços e beijos, alguns dormindo na cadeira, crianças brincando em uma mesa, adultos falando abobrinhas na outra, uns dormindo no colchão inflável no meio da varanda, cachorros sempre correndo, gargalhadas intermináveis, enfim, total descontração.
A luz voltou depois das 3 da manhã, o grupo já estava menor mas não menos animado. Por volta de 4 horas fui dormir.
Estava bem comemorada a entrada do ano novo.
Sem dúvida alguma, este foi o melhor reveillon que já tive. Muito obrigado a todos que estiveram lá, por não me deixarem esquecer que, na vida, isso é o que realmente importa.

025 - 07/01/2006 - Dúvida

Agora me ocorreu que este blog precisa ser definido. No sentido existencial da coisa acontecendo... :)
Este é o meu blog ou é o blog da Polônia? Se for meu, tudo bem. Caso contrário, estará condenado ao esquecimento no início de fevereiro, quando mudo para a Hungria. Preciso decidir isso.

024 - 07/01/2006 - Quanta loucura um quarto de hotel pode produzir?


"Aproveitar a tarde sem pensar na vida..."
Estou ouvindo a regravação de Além do Horizonte feita pelo Jota Quest. Para mim está melhor que o original. Gosto é gosto, não é?
Um dia, alguém disse que a virtude está no meio, o que concordo plenamente. A inteligência, quando falta, impede a felicidade plena, e quando excede, torna a pessoa muito consciente, e isso não é saudável. Perde-se o encanto pelas coisas. Perde-se a oportunidade de ter alguém chegando perto para contar uma novidade, para surpreender.
O círculo polar Ártico é habitado por ursos, o antártico por pinguins. Urso, em grego, é Arktos, daí o "Ártico". Já a Antártica veio de Anti-Arktos, ou seja, sem ursos. É por isso que a cerveja Antarctica tem 2 pinguins no rótulo, e não 2 ursos. Qual a importância disso? Talvez nenhuma. Mas eu me divirto. Assim como hoje de manhã, quando pensei em alguém pedindo algo e eu respondendo: wait a little pig (espere um porquinho)...
Como disse Renato Russo em uma de sua músicas, o problema de contar meu sonho é que você vai querer me contar o seu. Mas tudo bem, isto é um blog, não corro esse risco. Sonhei com uma mulher. Acho que é minha Anima, a força feminina que existe na cabecinha oca dos homens. Dizem que o relacionamento que se tem com a Anima (mulher desconhecida no sonho, para os homens) ou Animus (homem desconhecido, para mulheres) indica como está a qualidade do relacionamento com o seu companheiro na vida real. Se o sonho foi bacana, então está tudo bem. Se não foi, comece a observar. Além disso, sonhar excessivamente com a Anima indica uma carência afetiva relacionada ao outro. Ah, que confuso. Para resumir: Se sonhar com alguém do sexo oposto, que você não conhece, por via das dúvidas, cuide bem dele.