segunda-feira, dezembro 21, 2009

Lamazinha quando nasce, esparrama pelo chão...


Lama miserável
que vem da terra
que mata o rio
que desce a serra

Lama poderosa
barrenta e sebosa
que prende meu dia
no meio da rua

que é terra e é água
que é vida e é morte
que em minha pouca sorte
encontrei outro dia

e então o meu carro novinho e preto
na estrada de terra com ela topou
desci com as sacolas bem puto da vida
dizendo "que merda" quando ele atolou
"Que saco", "que bosta", "que lama idiota",
e a roda afundando sem nunca parar
"carvalho", "buçanha", que a chuva se encerre,
que a lama resseque, pr'eu poder andar


2 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

huauahuhauhauahuahuahuahauhauhau
adorei a sua poesia!
que bom que seu blog está de volta
com textos divertidos e bem humorados!
gosto disso!
gosto muito muito disso!!!
bjos
claudia