quarta-feira, junho 02, 2010

O rapazinho

O rapazinho estava sentado no vaso, fazendo o número 2.
Paz, calma e serenidade
Tempo de pensar e refletir
Tempo de esperar
Esperar
Esperar
Esperar
Pronto
Serviço terminado
O rapazinho levanta e, como um forno de fogão novo, começa o processo auto-limpante
Mas eis que o inimaginável aconteceu, o rapazinho perdeu o equilíbrio e para não cair no chão, segurou-se com as duas mãos, uma em cada lado da parede.
Controle retomado, o rapazinho recompõe-se
E então percebe que na sua mão direita, aquela mesma que ele usou para apoiar-se na parede, estava o papel
É, o papel higiênico
O rapazinho olha para a parede e vê sua obra em estilo barroco espalhada como uma trilha vertical com destino ao céu...
Uma freada brusca na parede
O rapazinho morre de nojo
E joga o papel no lixo
Veste-se rápido e sai do banheiro
Mas deixa a lembrança na parede
O enfeite que lembra a todos que nada se cria nada se perde, tudo se transforma
Que bosta...

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